Acordo de Paris: tratado internacional é essencial para um futuro sustentável. Entenda!
O mundo vem passando por mudanças e a natureza vem nos comunicando que algo precisa ser feito. Poluição nos mares e rios, queimadas, redução das florestas, desastres ambientais. Todos esses acontecimentos estão se tornando corriqueiros e mais intensos no dia a dia.
O principal evento global em relação a mudanças climáticas, a COP – Conferência do Clima das Nações Unidas, acontece a cada cinco anos e foi sediado em Paris, em novembro de 2021. Foram reunidos 196 países para discutirem e aprimorarem o Acordo feito na COP anterior.
É um pacto universal que coloca o mundo em direção a um futuro sem emissão de carbono, adaptável, próspero e justo.
O Acordo de Paris
O Acordo de Paris, proposto na COP de 2015, é um tratado internacional contra as mudanças climáticas causadas pelo ser humano. Seu principal objetivo consiste em combater o aumento da temperatura terrestre provocada pelo aquecimento global. Na prática, significa impedir o aumento de 2ºC na temperatura global em relação à era pré-industrial. O Acordo de Paris também estimula a criação de mecanismos para diminuir o impacto das mudanças climáticas e a substituição de fontes emissoras de gases do efeito estufa.
Avanços conquistados na COP21
O principal avanço da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 foi completar o livro de regras do Acordo de Paris. Com isso, todos os países que participaram do evento estão obrigados a informar, detalhadamente, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2024, permitindo elaborar planos de redução mais efetivos.
Ficou decidido também que os países desenvolvidos deverão dobrar, até 2025, os recursos destinados para a adaptação às mudanças climáticas. Isso equilibrará os investimentos relacionados ao clima, dado que atualmente a maioria dos esforços financeiros é direcionado para solucionar os efeitos do aquecimento global.
Além disso, foi realizada uma série de outros tratados paralelos a manutenção de florestas, utilização do carvão, transporte e emissão do gás metano. As novas ações previstas nestes acordos podem ser capazes de reduzir as emissões em 2,2 milhões de toneladas de CO2, o que poderia fechar a lacuna necessária para conseguir limitar o aquecimento global a 1,5°C em comparação aos níveis pré-industriais.
Fragilidade do acordo final
Apesar de todo empenho dos países e das mudanças que o acordo já prove, o texto final da conferência climática recuou em relação ao uso do carvão, um dos principais responsáveis pelo efeito estufa. O termo “eliminação progressiva do uso desenfreado” da fonte energética, presente nos primeiros rascunhos, foi trocado por “redução”, abrindo a possibilidade da utilização do produto poluente.
Ainda há uma longa jornada até a mudança dos paradigmas atuais e o investimento e novas tecnologias que podem substituir sem agredir o meio ambiente.
Outras frentes
Já visando as mudanças ambientais que o novo milénio traria, no ano 2000 a Organização das Nações Unidas (ONU), com o apoio de 191 nações, criaram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Eram oito Objetivos:
- Acabar com a fome e a miséria;
- Oferecer educação básica de qualidade para todos;
- Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
- Reduzir a mortalidade infantil;
- Melhorar a saúde das gestantes;
- Combater a Aids, a malária e outras doenças;
- Garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente;
- Estabelecer parcerias para o desenvolvimento;
Os ODM – Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis, passaram por uma reformulação em 2015, através de uma nova negociação entre os países com o objetivo de nortear as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos quinze anos.
Os ODSs contemplam uma agenda com 17 Objetivos e 169 metas para serem atingidos até 2030. Os 193 Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram formalmente a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável composta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os desesste ODS são:
- Erradicação da Pobreza;
- Fome Zero;
- Saúde e Bem Estar;
- Educação de Qualidade;
- Igualdade de Gênero;
- Água Potável e Saneamento;
- Energia Limpa e Acessível;
- Trabalho Decente e Crescimento Econômico;
- Indústria, Inovação e Infraestrutura;
- Redução das Desigualdades;
- Cidades e Comunidades Sustentáveis;
- Consumo e Produção Responsáveis;
- Ação Contra a Mudança Global do Clima;
- Vida na Água;
- Vida Terrestre;
- Paz, Justiça e Instituições Eficazes;
- Parcerias e Meios de Implementação;
Esses objetivos e metas estimularão a ação para os próximos 15 anos em áreas de importância crucial para a humanidade e para o planeta.
No Brasil
O Brasil está entre os 196 países da COP21 e, em setembro de 2021, durante a Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, anunciou suas metas para a COP 21, sendo a principal delas: reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) em 37% até 2025 e em 43% até 2030.
Os objetivos seguem o caminho iniciado em 2009 com a instituição da Política Nacional Sobre Mudança no Clima, que inclui as seguintes metas:
- Redução do desmatamento na região Amazônica,
- Uso eficiente de recursos naturais,
- Aumento da participação de energia renovável na matriz energética, bem como medidas nas áreas de produção de energia elétrica, carvão, biodiesel, álcool e a ampliação de iniciativas de reciclagem.
O principal responsável pelo aquecimento global, através do efeito estufa, é o CO2 proveniente da queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural), queimadas e desmatamentos.
A produção de energia de limpa é um grande passo que contribui para um futuro mais sustentável e possível. O processo de produção de energia solar não emite gases em nenhuma de suas fases e por isto esta energia é considerada limpa, renovável e inesgotável.
Os clientes SIM, além da economia gerada pelo uso da energia solar, deixaram de emitir na atmosfera cerca de 8Mil toneladas de CO2, desde o início da produção de energia por nossas fazendas solares.